Pedro Taborda, conhecido musicalmente por Pedro Tatanka e por ser um dos fundadores dos Black Mamba, é sintrense. Diz que em Sintra as coisas são mais simples e despretensiosas. Que convida à introspecção e à humildade.
É precisamente imbuído por este espírito, pelo regresso às raízes, que o seu primeiro álbum a solo nascerá. No final segundo semestre deste ano, Tatanka lançará Império dos Porcos, um álbum inteiramente cantado em português.
No entanto, bem antes disso já há dois singles deste trabalho a rolarem nas rádios: Alfaiate e De Alma Despida
Alfaiate é um pouco lamechas. A letra é um pouco sensaborona e os arranjos musicais não são particularmente vibrantes.
De Alma Despida está quase no ponto oposto de Alfaiate.
A introdução das cordas conferem ao tema um certo mistério e remete de imediato para sofisticadas sonoridades latinas que se mantêm ao longo dos quase quatro minutos que dura a canção.
A voz de Tatanka navega primorosamente entre vários registos e texturas sem se quedar durante muito tempo no mesmo. É vibrante, quente e sentida. Comunica e cria empatia connosco facilmente.
Bom fim de semana ☺
Quando te conheci
Eu pensei cá pr'a mim,
Que eras o meu grande amor
Ficava perfeito em mim,
o tanto que há de ti,
esqueci-me até de quem sou
Eu sei que valeu a pena,
mas sei que não quero mais.
Eu confesso:
Ai, de alma despida amor
Ai, de alma despida
Ai, se duro uma vida
Essa dor que afogo no rio
Onde tu te lavas
Eu tatuei-me em ti, vivi fora de mim
Senti finalmente o esplendor
Sabia de cor os ais, as penas capitais
A noite, a malícia, o fervor
Eu sei, que às vezes não presto,
Mas sei, menos com menos é mais,
Eu confesso
Ai, de alma despida amor
Ai, de alma despida
Ai, quem cura a ferida
Deste fim de vida vivida,
Que ainda mal começou
Oh, eu sei que às vezes não presto,
Mas sei, menos com menos é mais.
Eu confesso:
Ai, de alma despida amor
Ai, de alma despida
Ai, de alma despida amor
Ai, de alma despida
Ai, quem cura a ferida
Neste fim de vida vivida... hmm
Que ainda mal (mal)
Mal... começou!