sábado, 2 de abril de 2011

quinta-feira, 31 de março de 2011

8.6%


O governo anunciou a 11 de Janeiro deste ano no meio de grande júbilo que o défice de 2010 estava "bem abaixo" da meta prometida de 7.3% a Bruxelas.

Hoje, o INE ajustou o défice de Portugal relativamente ao ano de 2010 para 8.6%, desta vez "bem acima" dos 7.3%.


E agora Sr Primeiro Ministro???
A culpa é da oposição? do PSD? da crise política? poucos PECs aprovados?


quarta-feira, 30 de março de 2011

a morte tem destas coisas...


... por vezes ela corrige as injustiças da vida. Passo a explicar.

A morte de Ângelo de Sousa, não mexeu muito comigo. Na verdade para além do seu nome e reconhecer que era alguém com peso na cultura contemporânea nacional, sei pouco sobre ele.
O pouco que conhecia era como pintor e sabia que ele um adepto confesso do experimentalismo e minimalismo.
Também sou fã da escola minimalista. Particularmente nas facetas do design e da pintura e especialmente na música.

Desconhecia que ele era também escultor e que se tinha aventurado pela fotografia e video.
E aqui entra a injustiça da vida corrigida pela morte. Foi devido a ela que hoje quando cheguei a casa, a minha memória teve um flash repentino: eu tenho um livro dele!
Fui procurar e encontrei-o. Estava bem guardado e sem vestígios de pó.

Chama-se Sem Prata. É das edições ASA e tem o apoio da Fundação de Serralves.
Descobri que já o tenho há cinco anos. É a data que consta na dedicatória que os meus pais que escreveram quando mo ofereceram.
O livro aborda as facetas que eu desconhecia em absoluto dele: a fotografia e o cinema.
Dediquei-lhe agora algum tempo e atenção. Não gostei particularmente dos trabalhos de Ângelo de Sousa que este livro mostra.
Mas certamente que ele não se importará, como experimentalista não creio que procurasse a consensualidade de opiniões.

Ângelo de Sousa nasceu a dois de Fevereiro de 1938 em Maputo. Morreu ontem com 73 anos de idade, vítima de cancro.



terça-feira, 29 de março de 2011

um dia em cheio para Portugal


Só boas notícias hoje... :(

A Standard & Poors baixou de novo o rating da dívida portuguesa, os juros que Portugal paga a cinco anos voltam a subir a níveis máximos (8.7%), o Boletim de Primavera do Banco de Portugal prevê recessão não só para 2011 mas também para 2012 e revê em baixa os principais indicadores económicos do país e finalmente soube-se que o IP8 vai cortar ao meio o olival que produz o melhor azeite do mundo e mandar abaixo mais de seis mil oliveiras.

Chiça!


segunda-feira, 28 de março de 2011

Grande Ecrã - O Ritual (The Rite)



Depois de ter visto o icónico Exorcista - na versão Director's Cut - e o clássico O Exorcismo de Emily Rose, entre outros, fui ver O Ritual sem grandes expectativas, mesmo tendo o selo de ter sido parcialmente inspirado em factos verídicos.
Na verdade fui vê-lo por Anthony Hopkins (padre Lucas). E talvez por ele e apenas por ele tenha valido a pena ir vê-lo.
Digo talvez, porque através dele, reconhecemos em padre Lucas, alguns dos traços e trejeitos que tornaram Hannibal Lecter um dos "maus" mais fascinantes do cinema.

Quanto ao resto... nada de especial. 
Não consegue criar grandes sobressaltos no espectador, é sempre possível ir adivinhando o que se vai passar a seguir e prever o desfecho final.
A caracterização da transformação dos rostos quando possuídos é a que se espera que aconteça.
Ficam algumas pontas soltas não resolvidas durante o filme. Como por exemplo a não valorização da possessão do miúdo e o porquê do truque do sapo. 

Um dos pontos que podia trazer mais valias ao argumento, que seria a utilização das dúvidas do jovem seminarista Michael Kovak com mais vocação para a psicologia e cepticismo que para a religião e para Deus é desperdiçada em diálogos sem grandes consequências.

Colin O'Donoghue é um salobro e pouco convincente Michael Kovak. Um jovem oriundo de uma família que tradicionalmente onde se gere o negócio de família de uma casa mortuária ou se abraça a vida religiosa. Kovak decide pouco convictamente pela segunda hipótese e torna-se seminarista.
No entanto confrontado com uma falta de vocação, este é enviado para Roma pelo seu superior para tirar um curso onde possa aprender as artes do exorcismo. Meio pelo qual irá conhecer o pouco ortodoxo padre Lucas.
Neste curso conhece a jornalista Angeline, que está interessada na convivência e experiências de Kovak com o padre Lucas. 
Angeline, que tal como a prestação de Alice Braga que a compõe, é uma personagem secundária, quase ausente e praticamente sem influência no desenrolar da história. 

Mas para além de Anthony Hpkins, O Ritual tem outro ponto positivo. Permitiu-me rever a velha Roma. Uma cidade histórica, colorida, caótica e cheia de vida.