Quando no dia a seguir à criação do estado de Israhell, mais de 750 000 palestinianos foram obrigados a sair das suas casas, das suas terras, do seu país. Com eles foi tudo o que podiam levar ou carregar.
Entre os objectos que todos trouxeram estavam as chaves de sua casa numa esperança de voltar a elas.
Nunca lhes foi permitido voltar. As chaves foram guardadas passam de geração em geração.
Tive a oportunidade de ver algumas centenas delas, e conhecer a história de algumas, na comunidade de refugiados de Shatila, uma cidade dentro de outra cidade (e capital), Beirute.
Conheci dois sobreviventes, jovens na altura, da Nakba de 1948. Ainda hoje, quando falei com eles, têm a esperança de abrir as suas casas com as respectivas chaves.
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