sábado, 27 de novembro de 2021

uma música para o fim de semana - Queen (Freddie Mercury)


Tanzaniano, com um nome algo estranho para um ocidental: Farrokh Bulsara. Para o mundo inteiro ele é Freddie Mercury.
Nasce em Zanzibar, Tanzânia, na altura parte do império britânico, e muda-se para Londres aos dezassete anos fugindo da guerra civil de 1964. 
Antes da sua ida para Inglaterra, em 1955 vai para Índia, onde esteve até 1963 a estudar numa escola particular começando a sua formação musical.
Nesta altura, com apenas doze anos Freddie Mercury forma a sua primeira banda, The Ectics.
Tira o curso de Design Gráfico em 1969. No entanto não conseguindo estabilizar-se salta de emprego em emprego chegando a trabalhar no aeroporto de Heathrow com bagagens.

Em 1970 junta-se aos Smile após o vocalista ter deixado esta banda. Dela faziam parte o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor. Quando no ano seguinte se junta o baixista Roger Deacon que surge a provavelmente a maior banda da história da música e do rock'n roll: The Queen. Nesta altura Freddie completa o seu nome artístico adicionando ao seu nome inicial Mercury
É em 1973 que os Queen lançam o seu primeiro e homónimo álbum: Queen. Os álbuns sucedem-se e somam-se os êxitos. As composições; os arranjos musicais frequentemente misturando com extremo sucesso géneros musicais tão diferentes entre si como ópera, flamengo, rock n roll, pop ou heavy metal; e letras, frequentemente complexas, tornam os Queen uma referência absoluta até aos dias de hoje.

Tocam no Live Aid em Julho de 1985 no estádio de Wembley completamente esgotado. Estima-se que estiverem presentes 72000 pessoas a assistir ao concerto. A sua actuação é considerada a melhor e a mais electrizante de todo o Live do Aid. A performance da banda, e particularmente do seu vocalista, é intensa, absolutamente dedicada à música, ao palco e ao público. Um actuação maior que a vida, como usual nele. A interacção, o diálogo de Freddie Mercury com o público é apaixonada e memorável.

O single Barcelona, gravado em 1987 com Montserrat Caballé, seria o hino de abertura dos Jogos Olímpicos de Barcelona de 1992 onde os dois cantariam juntos. Apesar de terem actuado juntos anteriormente, esta actuação em particular não aconteceria por morte de Freddie no ano anterior.

Um ano antes, em 1986, da gravação de Barcelona, é-lhe diagnosticado SIDA. A sua morte, uma bronco-pneumonia consequência da doença que o vitimava, tirou a SIDA da sombra e do forte estigma social e religioso em que na altura estava mergulhada, para ser abertamente falada, discutida e pesquisada.
Apesar de ser conhecido como homossexual, Freddie Mercury era bissexual sem no entanto o assumir publicamente. É com Mary Austin, que percebe o dilema sexual que o cantor vivia, que tem o seu maior e duradouro relacionamento amoroso: sete anos. O cantor dedica-lhe um dos temas mais universais dos Queen, Love of My Life
Freddie nunca anuncia publicamente a sua doença e apenas o faz um dia antes da sua morte. James Hutton, cabeleireiro irlandês, a sua última relação, está ao seu lado quando Freddie Mercury morre em sua casa.

Innuendo, editado em 1991, o último álbum onde a banda toca completa, marca a despedida de Freddie Mercury. Fisicamente já não é o cantor que todos conhecemos e que tanto gostamos. Está em fase terminal. Sabe que a morte se aproxima, que são as suas últimas músicas. Está frágil, emagrecido, menos pujante, mas ainda assim cheio de dignidade e talento. A meses de morrer a sua voz continua poderosa, inigualável e a sua paixão e compromisso para com a música é total. Até ao fim.

Escolho These Are the Days of Our Lives. É o último vídeo de Freddie Mercury em vida. Cativa-me profundamente. Há uma doçura e ternura imensa nesta canção. Um fazer as pazes com a vida, um reconhecer que o que já passou não volta, mas que o que aconteceu também foi bom. Na camisa que veste está bem presente um dos seus grandes amores ao longo de toda a sua vida: os gatos. Chegou a ter dez. Em Innuendo dedica uma faixa a Delilah, a sua gata preferida.
Se este foi o último vídeo de Mercury, a sua última canção foi Mother Love que surge, a título póstumo em Made in Heaven, lançado em 1995.

Freddie Mercury partiu há trinta anos, com 45 anos, em 24 de Novembro de 1991. 
Boa viagem pela eternidade.


Bom fim de semana 🎤🎸





Sometimes I get the feelin'
I was back in the old dayslong ago
When we were kids when we were young
Things seemed so perfect - you know
The days were endless we were crazy we were young
The sun was always shinin'
We just lived for fun
Sometimes it seems like lately
I just don't know
The rest of my life's been just a show

Those were the days of our lives
The bad things in life were so few
Those days are all gone now but one thing is true
When I look and I find I still love you

You can't turn back the clock you can't turn back the tide
Ain't that a shame
I'd like to go back one time on a roller coaster ride
When life was just a game
No use in sitting and thinkin' on what you did
When you can lay back and enjoy it through your kids
Sometimes it seems like lately
I just don't know
Better sit back and go with the flow

Cos these are the days of our lives
They've flown in the swiftness of time
These days are all gone now but some things remain
When I look and I find no change

Those were the days of our lives, yeah
The bad things in life were so few
Those days are all gone now but one thing's still true
When I look and I find
I still love you

I still love you



Making of de These are the Days of Our Lives.








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