sábado, 17 de julho de 2010

a mesa dos grandes


No debate sobre o Estado da Nação, Paulo Portas mostrou que está em aflições e já desespera.
Pressente que está em causa a sobrevivência do CDS como terceiro maior partido da política portuguesa. E pressente bem.
O ascendente e protagonismo que tinha ganho quando o PSD era liderado por Manuela Ferreira Leite está a perdê-lo com o PSD de Passos Coelho. E sabe que é para continuar.
Só assim se percebe a peregrina ideia de convidar o Primeiro Ministro (e logo este!) a demitir-se, exortando depois o PS a escolher alguém com perfil mais moderado para liderar um novo governo.
Cereja no topo do bolo. Esse novo governo seria formado pelo PS, PSD e... pelo CDS. Uma proposta de triunvirato, um espécie de governo de salvação nacional.
O PSD através do seu vice presidente Luis Montenegro nem quis ouvir falar mais sobre isto, descartando-se desta posição.

Portas fez-me lembrar um puto oportunista que não conseguindo chegar à mesa dos grandes, onde estão os bolos, põe-se em bicos de pés para espetar o dedo num e leva uma sapatada nas mãos enquanto alguém lhe diz para esperar pela vez dele.

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