sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

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Quando as pessoas perceberem o quanto os animais nos dão, quando as pessoas perceberem o quanto elas são importantes e nós para eles, não os abandonavam, não os maltratavam, não os torturavam e não os deixavam à sua sorte.
Quando percebermos que eles são verdadeiramente inteligentes, racionais e conscientes, dotados de emoções e que a distância evolutiva entre eles e nós não é tão grande quanto se pensa, estes seres vivos que partilham as nossas casas, as nossas vidas seriam mais amados, mais respeitados, mais acarinhados e protegidos.

E quando nós, animais ditos inteligentes, finalmente (se) formos capazes de interiorizar este conceito de senciência, finalmente perceberemos, que todos os seres vivos, não só cães e gatos, merecem ser tratados da mesma forma e que o seu direito à vida, à dignidade física e psicológica é tão importante para eles como a nossa é para nós.

No fim de tudo, somos todos iguais: seres vivos sencientes. E a diferença de uns para os outros neste aspecto é...nula.
Dizem-me para ter esperança, que a consciência desta igualdade está a despertar, a aumentar entre nós, talvez esteja. Mas olhando para o meu lado, olhando para o que se lê, para o que passa na televisão, para a quantidade absurdamente alta de vidas que são assassinadas diariamente em matadouros e redes de pesca, fico descrente nessa esperança, fico descrente na humanidade.

Não somos dignos, não merecemos aquilo estes seres vivos nos dão.
Para muitos de nós, eles estão em patamares de nobreza que dificilmente seremos capazes de alcançar, de atingir. Para esses de nós é um longo caminho a percorrer, a aprender, a admirar. E com a devida humildade ver-se-à que é um caminho bonito de ser trilhado e no fim dele a recompensa é muito grande: chega-se muito, muito melhor e mais evoluídos do que se possa pensar, do que quando se iniciou esse caminho, essa tomada de consciencialização.






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