terça-feira, 13 de março de 2018

of mice and moon (dos ratos e da Lua)


O polaco Michael Grejniec escreveu um conto infantil chamado - A que sabe a Lua?
Isto era uma pergunta cuja resposta os animais queriam muito saber. Para isso decidiram empilhar-se uns em cima dos outros até que um deles chegasse a ela e lhe desse uma dentada.
Foi o rato, o mais pequenos dos animais que deu a desejada dentada.
E foi passando as migalhas para que todos animais provassem o seu sabor.
Cada um dos que estavam envolvidos nesta escada improvisada, descobriu que a Lua sabia exactamente a aquilo que mais gostavam.

Para o rato filho desta curta, a lua é um queijo e só pode saber a um.
O rato pai alimenta esta fantasia e arranja uma forma de provar que o seu filhote tem razão.
A simplicidade da inocência é algo de espantoso. Quando crescemos perdemo-la e se por acaso até a conseguimos mantê-la, no mínimo somos catalogadas de crianças, criançolas, patetas e por aí fora.

É o que mais falta no mundo dos seres humanos: um toque de magia, um toque de ternura, de deslumbre, de espanto, de olhos abertos da descoberta. Ingenuidade.
Tudo à nossa volta seria tão mais bonito, tão mais agradável e bom para todos os que partilham este planeta, se acreditássemos que a lua é feita de queijo.

No mundo actual, um mundo de adultos sérios, racionais, monótonos, um mundo onde a magia está praticamente ausente do dia a dia, estes dois ratos - o pai e o filho - seria mortos à vassourada ou envenenados.







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