terça-feira, 5 de janeiro de 2016

(no) comments


Desta vez não resisto a um comentário a esta imagem por causa do quarto aroma: terra molhada.
Como muitas coisas que existem na natureza existem duas vias de percepcionar este aroma: analiticamente e a "sentilitica".

A parte analítica e aborrecida é que este cheiro é chamado "petrichor".
Resulta da união das palavras gregas “petra” - pedra - e “ichor” - líquido que corre na veia dos deuses que na prática significa a água da chuva.
Quando as gotas de água batem no chão, liberta os odores da poeira que nele estão depositadas, mais as que são arrastadas por estarem em suspensão na atmosfera, e ainda conta com a ajuda de algumas bactérias que por sua vez libertam outro tipo de odores. É esta mistura que dá aquele cheirinho típico a terra molhada.


A parte realmente interessante, a "sentílitica", é que este aroma é maravilhoso.
É um aroma genuíno, é puro, é cheio de vida, o cheiro da terra molhada.
É uma fragrância enviado pela mãe Terra.
As primeiras chuvas, limpam, lavam a atmosfera limpa. Tudo ganha um brilho especial. As estradas, as flores, as árvores e as suas folhas, as cores. O céu fica mais bonito. A luz ganha uma delicadeza especial.

Se o conseguissem engarrafar seria o meu perfume de eleição.
Chamar-lhe-ia Terre Merveilleuse :)

Se eu fosse o boneco, tirava o capuz e deixava lavar o rosto, as roupas, por essa água temporã, tão purificadora e regenerativa que anuncia a estação das chuvas.




1 comentário:


  1. Para mim seria difícil a escolha de um só aroma. Aprecio imenso os quatro. Em ocasiões e estados de espírito diferentes, mas não os consigo hierarquizar :)

    Faria talvez dois pares: pão saído do forno e café quente, bela maneira de começar o dia. Ler um livro novo com o cheiro da terra molhada bela maneira de passar um bocado da tarde, por exemplo.




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