quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Cante Alentejano


Três anos após a candidatura vencedora do fado a Património Imaterial da Humanidade, o Cante Alentejano segui-lhe as pisadas. Hoje foi a sua vez . 

Estamos cada vez mais imateriais. O que é óptimo, porque em termos materiais este país deixa muito a desejar e tem muito pouco para oferecer e o que tem vai sendo destruído ou deixa-se destruír por falta de dinheiro ou por outros interesses em jogo.

Por isso, abram-se as portas do Alentejo ao mundo. À sua arte, ao seu trabalho, ao seu quotidiano e por isso à sua arte, o Cante Alentejano.

Cantam Os Ganhões de Castro Verde. Uma das localidades mais emblemáticas desta forma de cantar.




É tão grande o Alentejo

No Alentejo eu trabalho
Cultivando a dura terra,
Vou fumando o meu cigarro,
Vou cumprindo o meu horário
Lançando a semente à terra.

É tão grande o Alentejo,
Tanta terra abandonada!…
A terra é que dá o pão,
Para bem desta nação
Devia ser cultivada.

Tem sido sempre esquecido,
À margem, ao sul do Tejo,
Há gente desempregada.
Tanta terra abandonada,
É tão grande o Alentejo!

Trabalha homem trabalha
Se queres ter o teu valor
Os calos são os anéis
Os calos são os anéis
Do homem trabalhador

É tão grande o Alentejo,
Tanta terra abandonada!…
A terra é que dá o pão,
Para bem desta nação
Devia ser cultivada.

Tem sido sempre esquecido,
À margem, ao sul do Tejo,
Há gente desempregada.
Tanta terra abandonada,
É tão grande o Alentejo!

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