sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Grande Ecrã - Capitão América


Nunca fui muito adepto do Capitão América.
Sempre o considerei excessivamente americanizado e afectado daquele patriotismo excessivo tão típico deste país.

Percebe-se melhor se o contextualizarmos historicamente.
Anos 40, segunda guerra mundial e posterior guerra fria, envolvência dos americanos no esforço de guerra e a propaganda americana do tipo "eles são maus, nós somos bons e alista-te porque te tornas um herói aos olhos da nossa pátria."

Mas mesmo assim continuo a não gostar do Capitão América.
Fui ver o Capitão América pelos capítulos anteriores que já tinha visto: Iron Man (I e II) e Thor. Estes filmes são também eles os capítulos conducentes ao filme que irá aglutinar todos estes heróis Marvel e mais uns quantos: The Avengers - Os Vingadores.

Portanto já não esperava grande coisa. Efeitos especiais razoavelmente interessantes - sem dúvida ver Chris Evans raquítico e encolhido em versão xs é o melhor que o filme tem para oferecer.
Outro momento bem conseguido do filme e dos poucos de Chris Evans, é a exposição ao ridículo que Capitão América é exposto quando entra em tournée num espectáculo, muito bem conseguido, de propaganda norte-americana. Sim, ele aparece em collants.

Como filme de acção, o experiente Joe Johnston cumpre os mínimos. Mas a narrativa é previsível, os diálogos não são propriamente os mais interessantes e como expectável os actores também não têm margem para se exibirem ao seu melhor.

Chris Evans (Capitão América) é igual a si próprio. Para quem viu os Quartetos Fantásticos sabe o que me refiro. Não consegue imprimir força e intensidade ao seu papel. Falta-lhe proximidade com quem o vê.
O usualmente interessante Hugo Weaving, falha redondamente e é caricatural no Caveira Vermelha, o mauzão do filme.
Com uma caveira vermelha de aspecto plastificada (a máscara que Jim Carrey usou em A Máscara de 1994 é mais atraente e bem desenhada) e a levantar os dois braços numa espécie de saudação dupla nazi é impossível levá-lo a sério.
Melhor que a média do filme está Tommy Lee Jones que compõe o coronel Chester Phillips, uma personagem cáustica e mal-humorada.

Quanto ao final, enfim, se não formos muito exigentes conseguimos viver com ele.

Se resumirmos Capitão América a um filme "domingueiro" ele serve, mas não augura nada de bom para Os Vingadores que estreará para o próximo ano.



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