sexta-feira, 10 de junho de 2011

Grande Ecrã - A Árvore da Vida (The Tree of Life)


Fui ver A Árvore da Vida debaixo do fascínio que Barreira Invisível, o único filme de Terrence Malick que vi até ao momento, tinha exercido em mim.
Desse filme retenho a reflexão contida nos diálogos e a extrema beleza e contemplação com que Malick filma a selva.

A Árvore da Vida tem também essa beleza e contemplatividade das suas imagens, mas talvez uns bons furos acima de Barreira Invisível.
Pessoalmente deve-se encarar este filme não como um filme, mas como um poema visual.

A consequência é que ele não é fácil de ver. Ou seja, para quem gosta ou precise de ser "guiado" pelos diálogos, por uma narrativa lógica e arrumada vai sentir que não é fácil de seguir, ver e perceber este filme. Exige uma certa "estaleca" de quem vê o filme.
Mais do que ver, a Árvore da Vida convida a pensar e reflectir. As imagens, os cenários e a banda sonora servem para ilustrar e convidar a essa mesma reflexão.

Malick aborda questões fundamentais da vida humana. A criação, a morte e o que há depois dela, o porquê de estarmos aqui, de onde vimos e para onde vamos.
É um filme religioso mas sem pertencer a nenhuma religião em particular, espiritual e de cariz fortemente filosófico.

A história passa-se na América dos anos 50. Um casal com visões diferentes da vida.
Ele (Brad Pitt) tem um visão militar e autoritária da vida. Considera que só os mais fortes e mais aptos é que singram na vida. Por causa disso entra em conflito com os filhos, particularmente com o mais velho Jack (Hunter McCracken, Sean Penn no papel de adulto), marcando-o psicologicamente.
Ela (Jessica Chastain), em contraponto tem uma visão da vida mais doce e generosa, baseada na beleza e no amor.
Entre estas duas visões e as atitudes destas três personagens desenrola-se A Árvore da Vida.




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