sexta-feira, 25 de março de 2011

a espada de Dámocles


Quer se queira quer não a demissão de Sócrates era uma necessidade. Era uma válvula de escape que tinha que ser aberta.

Servirá para demonstrar, clarificar que é a palavra da moda, se Sócrates era um aldrabão que se acredita que é e se Passos Coelho será o messias sebastiânico que muito provavelmente não será.

Sou dos que acreditam nestas duas assunções.


Nos próximos dias certamente que o PSD vai ter que começar a preparar a realidade mas sem comprometer as eleições legislativas que se avizinham.
Vai andar com um limão na mão e um doce na outra. Por cada gota de limão que nos der, rapidamente nos vai dar um doce para comer.
Já anunciou de fininho que o IVA vai ter que aumentar, para logo de seguida afirmar que não tenciona fazer cortes de salários e congelamento das famosas pensões.

Rejeitou o PEC 4 de Sócrates, mas vai ter que apresentar um PEC 4 de Passos. Não se morre da doença, morre-se da cura. Ou mais prosaicamente, o PEC é o mesmo, as moscas é que variam.
Vejo Pedro Passos Coelho como Dámocles. Desejou tanto o poder, que este acabou por lhe ser dado, mas por cima de si, se errar, uma espada fragilmente pendurada no tecto cai-lhe sobre a cabeça.

Mas agrada-me que para começar Pedro Passos Coelho tenha tido já algumas discordâncias com Angela Merkel.
Sempre fui da opinião que Portugal deveria saber pensar pela sua própria cabeça e não sistematicamente sermos os "yes man" da Sra Europa, ainda por cima sem resultados visíveis.
Pessoalmente deposito algumas esperanças neste senhor.

Quanto ao PS vai passar toda sua existência até às eleições, como diria um colega meu, a rosnar e a clamar que foi uma vítima dos meninos maus do PSD e da restante oposição, ao mesmo tempo que vai disparar culpas para todos os lados e lavar as mãos se o Fundo Europeu de Estabilização Fianceira e o FMI entrarem pela nossa porta dentro.

Curioso será ouvir a desculpa oficial de Teixeira dos Santos quando o défice das contas de 2010 for ajustado para valores próximos ou acima dos 8% arrasando com a alegria despudorada que o governo demonstrou por ter conseguido manter o défice dentro dos objectivos.

Inacreditável é se José Sócrates for de novo candidato às próximas eleições legislativas, i.e, se o PS no seu congresso de Abril o voltar a eleger como líder do PS e absurdo é se ele as ganhar de novo.

Seríamos como o povo americano que elegeu o Bush duas vezes. Blhharrc!


1 comentário:

  1. Certamente Passos Coelho será o 1º ministro de Portugal ,não será com o meu voto , que currículo tem ele? acho que para este momento difícil há no PSD.muito melhor.

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