segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

I see you


Sai-se da sala sabendo (mas desejando) que o mundo lá fora não é tão puro, belo e colorido como aquele que nos foi dado a ver durante quase 3 horas.
Avatar transporta-nos para uma irrealidade tão real, tão sublime que faz desejar não sair de lá.
Os seus esguios habitantes, azuis de olhos amarelos, o povo Na'vi, vivem numa comunhão perfeita com a natureza e de respeito pela vida. E somo nós, os humanos, os maus da fita.
Tal como o nosso planeta Terra, em Avatar, os seres humanos planeiam a destruição e o "dobrar" de uma comunidade em torno da ganância e necessidade de um minério (unobtainium) que se vende aos milhões de dólares cada quilo.

As semelhanças e o paralelismo desta situação é fácil de traçar com a guerras do Golfo Pérsico e Iraque, só que aqui, em vez de unobtainium trata-se de petróleo.
À ganância de Parker Selfridge o executivo financeiro que está por detrás da intenção de saquear o minério de Pandora podemos contrapor Bush sequioso do petróleo do Golfo.
A mensagem e a crítica patente em Avatar (e de James Cameron) é simples e fácil de entender.

Acredito que este filme, tal como a saga Star Wars, se torne um marco na história do cinema.
Para além do histórico custo de 300 milhões de dólares e ainda mais históricas receitas que está a gerar, é muito difícil ficar-se indiferente à magia e perfeição de Pandora.
Penso que todos nós almejamos viver num mundo assim, mas tal como em Pandora, aqui na Terra somos os maus da fita.









O que o dicionário diz sobre "avatar":

religião - materialização de um ser divino, descida dos céus de uma divindade
sentido figurado - transformação; metamorfose
informática - representação gráfica de um utilizador numa comunidade virtual

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